terça-feira, 18 de agosto de 2009

Para Marcelos e Emílias




































Mulher Natural

Olhando lá fora a manhã chuvosa
Eu costumava me sentir sem inspiração
E quando me dava conta que tinha que encarar outro dia
Oh, isso me fez sentir tão cansada
Antes do dia que eu te encontrar
A vida era tão desagradável
Mas você é a chave para minha paz mental

Pois você me faz sentir,
Você me faz sentir
Você me faz sentir
Como uma mulher natural

Quando minha alma estava nos "achados e perdidos"
Você veio para reclama-lá
E eu não sabia o que havia de errado em mim
Oh, até que você me beijou e percebi
Que não há dúvidas
Pelo o que estou vivendo
Porque se te faço feliz
Eu não de necessito mais nada

Pois você me faz sentir,
você me faz sentir
você me faz sentir
Como uma mulher natural

Oh baby, o que você fez pra mim
você me faz sentir tão bem por dentro
E eu, eu apenas quero estar perto de você

Perto de você, porque você me faz sentir tão viva
Oh, o que você fez pra mim
Perto de você porque você me faz sentir assim, viva

Você me faz sentir,
Você me faz sentir,
você me faz sentir
Como uma mulher natural mulher
Você me faz sentir
Você me faz sentir
Você me faz sentir
Como uma mulher natural

Baby, o que você fez pra mim
Você me faz sentir assim, bem por dentro
Eu apenas quero estar, eu apenas quero estar
Oh, o que você fez
mulher natural

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A menina de Vinícius


Valsa para uma menininha (Vinícius de Moraes)

Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei


terça-feira, 4 de agosto de 2009

CARTA AO PAI


Oi Papai,
A vida está começando e eu tenho muito que aprender, para isso eu vou contar com a tua ajuda. Talvez eu te ensine uma coisa ou outra, mas na maioria das vezes vai ser sem querer e por um grande propósito.
Eu sei que a vida me promete grandes conquistas, papai, também sei que tu esperas muito de mim. Essa expectativa, eu vou transformar em energia para conquistar o mundo, pessoas especiais e feitos extraordinários, mas eu queria deixar combinado que algumas vezes eu vou te decepcionar, porque isso vai fazer parte relevante na construção da mulher que eu serei. De qualquer forma: me desculpe se eu não aprender a tocar violão, perdoa se eu namorar um pouco mais que as meninas da minha idade, releva minha cabeça dura e entende se eu não tiver todo o interesse do mundo para as coisas que te fazem muito curioso, afeiçoado ou energético.

Espero que tu olhes para mim e sorria pensando como eu caminho igualzinho a minha mãe, ou como o meu rosto é parecido com o dela. Espero que tu percebas também o quanto eu sou parecida contigo no meu jeitinho todo diferente de administrar a vida. Queria que tu soubesses de antemão que sempre que eu contar uma história a teu respeito, tu será o mocinho e o herói, porque é assim que eu te reconheço.
Paizão, lembra quando eu falei que eu vou te decepcionar as vezes, nessas horas seja duro comigo, eu vou precisar aprender com isso. As coisas que me ensinares serão meu termômetro para vida e sempre que eu fizer alguma coisa que parecer errada, temerosa ou assustadora, eu vou pensar duas vezes a respeito. Eu saberei exatamente quando não for uma boa idéia, porque nessas horas eu vou pensar em ti e na possibilidade de te deixar chateado comigo. Mas pai, tenta ser meu amigo também, provavelmente é o que eu mais vou precisar e, invariavelmente, é isso que seremos um para o outro, os melhores amigos!

Não esquece de me dar muito carinho, assim vai ficar mais fácil de viver a vida. Me dê irmãos, se possível. Conta comigo para a piada, para o silêncio e para a dor, essas coisas vão acontecendo e nós vamos superar cada uma delas juntos.

Eu tenho certeza de quanto vai ser preciosa nossa caminhada juntos, mas pai, pode ser que em algum momento eu vá para longe de ti e teu coração pode se sentir pequeninho, pequeninho. É o momento em que o meu coração vai ficar maior e vai precisar de mais espaço para ganhar o mundo. Eu quero que tu saibas que eu vou estar pensando em ti o tempo todo e dividindo contigo cada coisa que eu conhecer.

Pai, e quando chegar a hora de eu escolher um pai para minha filhinha, eu só espero que ele seja igualzinho a ti, porque melhor é impossível.

Te amo!
Da tua filha de sobrenome Rosa e Kuelle também.



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Nem tudo é tão poético

O mundo se reserva a falar de tudo que é lindo na gestação, da beleza do corpo feminino e da poesia do parto.

Eu já não sei mais! Só sei que falta pouco! ALELUIA!


Lindo parto na água!


quarta-feira, 8 de julho de 2009

Discutindo a relação

Sábado à noite, ele pede um abraço. Ela caminha até ele e dá um longo abraço. Ele suspira e afirma:
- Tu estás te tornando distante de mim.

Ela suspira e responde:

- Tu sabes o porquê disso... tem uma mulher entre nós dois.

Resposta imediata:
- E eu preciso te confessar uma coisa. Eu sou louco por ela!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu tenho uma queda!!!

domingo, 7 de junho de 2009

Soltando a cabeleira

domingo, 31 de maio de 2009

De que são feitos...

Nos últimos cinco meses me certifiquei: enquanto mães são feitas de ternura, fibra e contração, pais são feitos de medos estranhos, doçura incontrolável e de muito, mas muito mesmo, carinho. Crianças são feitas de amor, E BOTA AMOR NISSO!

Para o Pai da Emília, para o Pai da Carolina e o Pai do João e do Guilherme:

A lua sobe e a lua desce
Outra noite sem dormir, outra cidade sem dormir
Mas eu tenho você, eu tenho você

Quando eu penso no que eu perdi
Eu mudo e penso no que eu ainda tenho
Porque eu tenho você, eu disse que tenho você

Você pode me chamar de papai e eu te chamarei de baby
Não esqueça que sua mamãe é meu baby também
Onde quer que você vá, o que quer que você faça
Eu estarei lá, eu estarei lá por você

Em breve você sabe que eu estarei por perto
Mas não é cedo o bastante, porque não é agora mesmo
E eu preciso de você, eu disse que tenho você

Quando você fechar seus olhos e dorme
De tempos em tempos eu espero que você me encontre
Eu estou pensando em você, eu espero que você me veja também

Você pode me chamar de papai e eu te chamarei de baby
Não esqueça que sua mamãe é meu baby também
Onde quer que você vá, o que quer que você faça
Eu estarei lá, eu estarei lá por você
Você sabe que eu estarei agora

Você pode me chamar de papai e eu te chamarei de baby
Não esqueça que sua mamãe é meu baby também
Onde quer que você vá, o que quer que você faça
Eu estarei lá, eu estarei lá por você
VocÊ sabe que eu estarei lá, eu disse que estarei lá


quinta-feira, 14 de maio de 2009

30 anos



Há alguns dias meus pai completaram 30 anos de casados, o que é quase uma raridade nos tempos de hoje.
Eu queria buscar do fundo de meu baú de inspiração as palavras que contassem o que de fato acontece em 30 anos de solidariedade, felicidade, verdade, firmeza.... nada parece suficiente.
Peter Gabriel sabe o que dizer, então ele que diga:


O livro do amor é longo e chato
Ninguém consegue levantar o maldito
É cheio de gráficos e fatos e figuras
E instruções de dança

Mas eu
Eu amo quando você o lê para mim
E você
Você pode ler qualquer coisa pra mim

O livro do amor tem música dentro
Na verdade é dele que vem a música
Algumas delas são apenas transcendentais
Algumas delas são apenas bobas

Mas eu
Eu amo quando você canta pra mim
E você
Você pode cantar qualquer coisa pra mim

O livro do amor é longo e chato
E escrito a muito tempo atrás
É cheio de flores e caixas em forma de coração
E coisas que nós todos somos jovens pra saber

Mas eu
Eu amo quando você me dá coisas
E você
Você deve me dar alianças de casamento

Mas eu
Eu amo quando você me dá coisas
E você
Você deve me dar alianças de casamento
Você deve me dar alianças de casamento



Cotidiano


São 5h20 da manhã quando o despertador toca pela primeira vez. Mongo estica o braço direito para o primeiro afago numa barriga cheia de Emília, meu braço direito se estica quase que involuntariamente para apertar o botão “soneca” pela primeira vez. Isso vai se repetir! Quando faltam 20 minutos para as 6h é hora de levantar, não tem jeito.

Perambulo pela casa e chego à cozinha: vitaminas, granola, leite e mastigação silenciosa de olhos semi-abertos. É hora de lavar o rosto, vestir a roupa previamente separada, colorir o rosto, levar o Cãozinho para o xixi matinal e partir. Uma caminhada sonolenta até o campo do Flamengo, uma espera de 10 minutos e a viagem vai começar.

Entro no ônibus, bom dia para o motorista querido, bom dia para os colegas de olhos abertos. Estranhamente eu escolhi por ficar acordada hoje, o céu e a temperatura merecem.

Nos despedimos do Leblon e entramos na Gávea, de lá para o Jardim Botânico. O sol doura o Cristo Redentor que pode ser visto sair do meio das Palmeiras Imperiais, enquanto o ônibus segue o fluxo vagaroso do transito. Enquanto o Cristo segue nos protegendo sob sua mão direita, passamos pelo belíssimo Parque Lage. O sol enche meu rosto de luz, preciso fechar meus olhos e digo mentalmente ao Cara de Braços abertos: Nos vemos as 17h.

Quando abro os olhos novamente, vejo a Lagoa Rodrigo de Freitas por entre as ruas, brilhando metálica, quase sólida. O ônibus entra num cantinho da Zona Sul de nome poético, com aquele misto de amor e sofrimento, a Fonte da Saudade. O relógio marca 06h53, 19 graus, quando mergulhamos na escuridão do túnel Rebouças. Em poucos minutos eu chego no trabalho e começa a dança dos corredores, das tarefas, das tremidinhas que minha inquilina trás a minha barriga, enquanto as horas passam vagarosas até que cheguem as 16...