quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Arte da Vingança



Em uma sexta-feira nublada e úmida de 2007, Mongo e eu fomos à locadora, programando uma noite caseira, regada a um bom vinho. O sábado prometia ser pesado, então fazia todo o sentido ficar em casa naquela noite.
Chegando lá, rodando pelos corredores, mas focados nos lançamentos, cada um dava o seu “pitaco”. Entre a ficção e o romance, encontramos um casal que nos comentou das maravilhas da regravação para o cinema do clássido das telinhas, “Miami Vice”. Elogios a trama, aos atores, a trilha sonora, eram tantos que fomos compelidos a levar para casa aquela pseudo-obra do cinema contemporâneo.
Assistimos ao filme em absoluto silêncio, com algumas trocas de olhares durante aqueles longos (longuíssimos) minutos.
O que concluímos ao final: fomos vítimas de uma vingança. Para compartilhar de horas de vida jamais recuperadas, aquele casal nos passou a sina cruel de assistir ao lixo cinematográfico.
Vingança é uma arte, que não mede conseqüência e não sugere suas vítimas.
Acho que sou vítima de outra vingança desse mesmo gênero – escolhas mal feitas passadas adiante – mas prometo que daqui a sina jamais seguirá.
Portanto, não assista “Miami Vice” e não acredite em qualquer um...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tantoooooooo



Parece que foi ontem!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Free Falling



Meu amigo querido, tantas horas que a gente gasta conversando sobre a vida, o sexo dos anjos, as dores e angústias de estar vivo e de amar, seja lá o que e quem for. Eu agradeço por cada minuto que passo a te ouvir ou que me permites falar, falar e falar.

Lembro, como se fosse hoje, o dia em que eu chorava sentada num banco, de cabeça baixa e quando levantei meus olhos te vi chorando comigo. Aquela frase nunca mais saiu da minha cabeça, e sinto que é hora de repetir para ti: Queria tirar essa dor com a minha mão, mas só o que posso é sentir contigo. Eu sinto!

As dores são diferentes e únicas, mas sentir é péssimo e só te dói porque és humano, sensível e uma das melhores espécies que eu já conheci.

Lembra quando tu me mostraste o caminho? Podias ter me salvado de tanto. Eu tive medo e voltei para o que era “conveniente” e “confortável”. Como odeio essas palavras hoje em dia. Já tinha pouca simpatia por elas, mas me confinei a sobra e não consegui receber o céu e a queda livre da liberdade.

Tens a chance agora, chances vêm e vão. Eis aqui o exemplo dessa afirmação, mas aproveita a primeira. Vai por mim!!!

A chance é tua, escreve teu nome no céu e lembra do que dizemos: O Cara Lá de cima não joga, mas fiscaliza essa olimpíada!

Teu coração está conectado ao meu, porque eu moro na tua história para sempre e onde quer que estejas.

“A mente é como um pára-quedas, só funciona se estiver aberto!”


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

SEGURA A ONDA

Minha infância foi uma época de vida espetacular. Meus pais eram jovens quando tiveram o meu irmão, e logo eu cheguei para completar a mesa de canastra. Então nós curtimos juntos muitas coisas e até hoje a gente tem uma relação bem entre a amizade e a obediência.
As viagens à praia sempre foram as mais gostosas. A gente ia para Floripa de turma, literalmente porque ia junto uma galera, uma vez por ano. Tinha a casa do Vô Bimar em Santa Terezinha e lá pelas tantas meus pais compraram a casa dos sonhos em Imbé/RS.
Nós nunca fomos farofeiros de beira de praia, mas tomar banho de mar sempre foi essencial para nossa existência. Meu pai e eu caminhávamos até as beiras de mar, só de roupa de banho e até sem chinelos, tomávamos longos banhos de mar conversando sobre tudo. Quando os dedos ficavam murchos ou quando era a hora, a gente simplesmente saia e seguia para casa.
Algumas vezes na vida eu estive em mares revoltos. Sabe aqueles dias que uma onda quebra dura atrás da outra, quase não dá tempo de pegar ar. Nessas horas eu não tenho dúvida, corro para meu pai e ele sempre me ajuda. Seja com um puxão de orelhas, seja com um abraço e o silêncio, seja com aquele conselho de mudar o rumo da braçada: 
- O Carol, tu confia no teu pai? 
- Claro que confio!
- ENTÃO, SEGURA A ONDA! (essa é a frase de ordem)
Numa das vezes em que o mar não estava para sereia. Putz, e não estava messsssmo, o bendito – Segura a onda! – estava complicado de entender. Eu respirava fundo, enterrava meus pés no chão e em fração de segundos, outra onda quebrava nas costas e - Segura a onda!
Meu pai nunca me disse como fazer, ele podia apontar o que, mas nunca como. E foi numa daquelas subidas a superfície, para tomar fôlego, que eu vi meu pai literalmente segurando a onda com as mãos abertas. Foi tão óbvio perceber que eu não estava “segurando a minha onda”, eu estava me segurando dela.
Então, eu respirei fundo, mudei a direção e segurei com as mãos bem abertas e o corpo em forma de lança. Quando eu cheguei na orla o coração batia tão acelerado. A adrenalina era tanta, que eu corri de volta para o mar.
Meu pai, como sempre estava certo e desde então eu não perco nenhuma onda!!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tinha que ser você

No verão de 2007, minhas primeiras férias no Rio de Janeiro, eu li “Marley & Eu”. Comprei o livro por impulso, na sala de embarque do Salgado Filho porque achei a sinopse muito boa. Comprei também “Memórias de Minhas Putas Tristes" do Garcia Marquez, que eu estava curiosa para ler havia algum tempo. “Devorei” Garcia Marquez durante o vôo mesmo, dei muita risada. Já o Marley eu li em 04 manhãs e tardes na beira da praia ou no sofá velho em casa.

Foi uma leitura ótima, rápida e muito prazerosa. Ainda mais para quem tem uma enorme devoção pelos Canis lupus familiaris.

Quem tem cachorro ou já teve cachorro, pode com certeza contar histórias cativantes, engraçadas ou até mesmo trágicas dessa relação de comunicação esquisita, onde um fala e o outro abana o rabo.

Eu tenho um cachorro e nossa relação é simbiótica, quase patológica. Ele é um ser de hábitos estranhos, tanto quanto os meus. Ele tem afeto precioso por determinados humanos, assim como eu. Ele detesta algumas pessoas ou classes, exatamente como eu. Ah, e ele tem problemas com a balança... OPS!

A gente se conheceu de uma maneira diferente. Eu tinha a incumbência de “recolher a mercadoria”, que seria vendida pelos “proprietários” do progenitor daquele minúsculo yorkshire. A orientação era pegar o menor e mais quietinho.

Chegando à casa das donas da mãe biológica dele, eu fui, literalmente, atacada a mordidas por ela, como se ela soubesse a minha tarefa por ali. Fui recebida com um abraço pela dona bípede da casa e encaminhada para a cozinha, onde se encontravam, em um cercadinho muito bem arrumado, quatro mini cães. Ao fundo encontrava-se dormindo o menor e mais quietinho. Bem na frente do cercado, sobre as duas patas traseiras e aos gritos eu conheci o que, até então, era chamado de “Gordo”.

O Gordo era o dobro do tamanho de seus irmãos, agitado, dengoso e dormia na cama dos proprietários da residência porque ele chorava a noite toda. E era exatamente o que eu precisava, embora ainda não soubesse!

Ele foi rebatizado, até porque ser o Gordo é altamente depreciante. Hoje ele se chama Marcos Vinícius, o Vini. Tem quase seis anos de idade, é muito educado no que diz respeito a hábitos sanitários e extremamente mal educado em todos os outros hábitos. É meu companheiro de aventuras, parceiro nas mudanças de vida, viaja pelo Brasil comigo, conhece a orla da Zona Sul Carioca melhor que eu e se esforça para agradar a todos que ele ama. Isso sempre foi assim!

Ele me faz uma pessoa mais capaz e capaz de qualquer coisa por ele e com ele.

Eu amo meu cachorro maluco e como diria Sinatra: “With all your faults, I love you still. It had to be you, wonderful you. IT HAVE TO BE YOU”!!!!



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Cuidado... cuidado... cuidado!

O feitiço volta para onde ele veio, com a potência de todos os desejos e turbinado pela força de quem não é sozinho!